De nós para nós



E o que temos feitos de nós mesmos?
Cegos consciente se atirando em tiroteios
A fonte do desrespeito sem bravo peito
Que ao contrário de mostrar temor, escorre o próprio medo
Pra onde foram os super heróis, me diz?
Nesse show business só os encontro em gibis
Esquecidos na platéia que pedia biss
E que, em algum lugar do tempo, passaram por aqui
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
 de um povo heróico o brado retumbante.
Sem reajuste, talvez tenha ficado pro passado arcaico
Aqueles que com o brilho do olhar estancavam tanques

Nunca raiou a liberdade, você que se engana
Reanálise-se e perceba que estamos numa senzala contemporânea